Superioridade. Indiferença. Desrespeito. Esses são alguns exemplos de sentimentos direcionados à
diversas mulheres que possuem empregos desvalorizados pela sociedade. Sob esse viés, no contexto hodierno, o trabalho de cuidado feito em sua maioria pela parte feminina da população, inclui a maior parte dos empregos menos valorizados e invisíveis às pessoas, mas que são extremamente necessários para a sociedade. Nesse sentido, a valorização desses ofícios possui como estorvos o preconceito em relação a essas profissões pela falta de conscientização das pessoas sobre o tema e a desigualdade social.
Nesse contexto, a declaração universal dos direitos humanos diz sobre a igualdade entre as pessoas. Entretanto, ela se mostra ineficaz no que se diz respeito aos empregos no Brasil, uma vez que diversas mulheres são tratadas como inferiores por possuírem empregos relacionados a cuidar de pessoas, limpar e cozinhar. Essa desvalorização ocorre pelo preconceito da população em relação a esses trabalhos, que faz com que eles não sejam bem remunerados e se tornem invisíveis e excluídos pela sociedade. Dessa forma, como esses ofícios são quase sempre realizados pela parte feminina da população, essas mulheres acabam sofrendo com a desigualdade financeira e com o sentimento de inferioridade.
Outrossim, o filme da Disney chamado Cinderela mostra a protagonista realizando os ofícios de uma empregada doméstica, e por isso, é tratada como inferior por suas irmãs postiças e sua madrasta. Contudo, no fim da história ela acaba se tornando princesa e deixa de realizar tais tarefas, deixando de ser considerada como inferior. Analogamente ao filme, no Brasil contemporâneo isso demonstra que há diversos filmes e desenhos infantis que apresentam diversas profissões como inferiores, influenciando diversas crianças a verem esses empregos dessa forma. Diante disso, é possível perceber uma grande falta de conscientização das pessoas, o que gera um preconceito presente até mesmo nas formas de entretenimento.
Portanto, é preciso acabar com a desigualdade e o preconceito relacionado a essas profissões. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Comunicação promover campanhas através das redes sociais como Instagram, Twitter , Facebook, visando informar a população sobre a importância dessas profissões para a sociedade, e dessa forma, tentar acabar com a desigualdade. Então, cabe também ao Ministério público investir em filmes e séries que mostrem essas profissões como iguais as outras, a fim de acabar com o preconceito direcionado a elas. Dessa forma, esses ofícios seriam mais valorizados e diversas pessoas deixariam de sofrer com aqueles sentimentos.