O lema positivista do filósofo Comte que cita amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim, inspirou a frase "Ordem e Progresso", exposta na célebre bandeira nacional. No entanto, o corpo social não está em progresso uma vez que há desafios para a valorização do legado africano no Brasil. Dessa forma, convém analisar as principais causas do problema: a inércia governamental e a lacuna educacional.
De início, é relevante observar que a negligência do governo é uma das principais Barreiras para o empecilho. Nesse sentido, o Art. 5° da Constituição Federal assegura que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. Todavia, os atores públicos falham na efetividade de tal direito social, pois não promovem meios necessários para a garantia da valorização das culturas africanas no Brasil. Logo, a negligência estatal fica nítida com tal falta de atitude.
Outrossim, a carência na educação é outro obstáculo a ser observado. Sob tal ótica, de acordo com o filósofo Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Contudo, observando o currículo escolar, nota-se que a história dos povos africanos fica resumida apenas ao período de escravidão, e pouco se estuda sobre a cultura de matrizes africanas, ficando evidente a necessidade desse debate em sala de aula.
Urge, portanto, que medidas precisam ser tomadas para solucionar o impasse. Nessa lógica, cabe ao Governo Federal realizar ações informativas acerca dos direitos sociais, por meio de parceria com as Instituições Midiáticas, a fim de garantir na prática direitos que são assegurados por leis. Ademais, o ministério da educação deve ofertar eventos e palestras que tenham como centro a discussão e exposição da cultura africana e afro-brasileira, através de investimentos nas instituições de ensino, com o objetivo de promover o conhecimento acerca da diversidade cultural e garantir a valorização. Desse modo, a nação brasileira dará um passo para o progresso nacional.