"Toda realidade é cruel". A icônica frase do filósofo e pensador Clement Russealt pode ser reinterpretada para refletir sobre a realidade da falta de valorização da cultura africana nação verde-amarela. Nessa perspectiva, a problemática é consequência da falta de conhecimento sobre o tema e a omissão governamental.
Sob esse viés, torna-se indispensável discutir a deficiência de conhecimento a respeito do tema. Para Platão, a parte que ignoramos é muito maior que o quanto sabemos. Atualmente, na realidade brasileira, existem muitos cidadãos brasileiros que não conhecem sobre a cultura africana ou conhecem a versão eurocêntrica da cultura, causando um aumento significativo da desvalorização da afro-cultura herdada. Logo, medidas devem ser tomadas para gerar melhorias na situação.
Ademais, a negligência governamental é outro fator influenciador do problema. A teoria das instituições fantasmas, de Zygmunt Bauman, critica a ineficácia das instituições na sociedade brasileira. Paralelamente a teoria do pensador, o sistema governamental brasileiro é repleto de instituições que não realizam seus devidos deveres, como solidificar a valorização de uma cultura, gerando a não valorização da cultura africana. Assim, urge que o problema seja combatido para superar o mesmo.
Portanto, é necessário uma intervenção. Para isso, o Estado deve criar uma agenda específica para melhorar a presente ineficácia, e, o Ministério da educação deve realizar palestras de valorização da cultura africana, visando combater a falta de conhecimento da população. Além disso, devem ser realizadas campanhas publicitárias, com apoio das mídias, que vizem a conscientização sobre o tema. Assim, podemos vislumbrar uma realidade no nosso país menos cruel e que valorize a herança da cultura africana.