- 10 Nov 2023, 00:31
#125950
Na obra "Ensaio sobre a cegueira", o escritor português José Saramago descreve uma cidade fictícia na qual, paulatinamente, as pessoas vão ficando cegas. Na trama, o autor utiliza dessa alegoria para criticar a falta de altruísmo e cooperação no mundo contemporâneo. Ao transpor a ficção e analisar a atual conjuntura brasileira, percebe-se que a obra exemplifica uma realidade vivenciada no país, e a invisibilização do trabalho de cuidado realizado pela mulher representa um problema que não recebe a devida atenção no Brasil. Diante disso, podemos analisar a negligência estatal e a desigualdade de gênero como impulsionadores da problemática, com o intuito de soluciona-lá.
Diante deste cenário, nota-se a inoperância governamental como fator agravante desse problema no país. De acordo com o geógrafo Milton Santos em seu texto "As cidadanias multiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os deveres do corpo social, em sua totalidade, são homogeneamente desfrutados. Todavia, no contexto hodierno, a passividade do estado distancia as mulheres em situação de pobreza desses direitos constitucionalmente garantidos, à medida que precisam trabalhar desde a infância e a falta de oportunidades no mercado de trabalho resultam na aceitação de empregos informais como cuidadoras e domésticas. Desse modo, enquanto a máquina pública negligenciar as suas responsabilidades, o problema perdurará e o cidadão os continuaram a ser mutilado de forma sistemática.
Ademais, podemos citar a desigualdade de gênero como propulsor deste problema. O filme "Como eu era antes de você" apresenta a história de Clarice, uma jovem de 22 anos que enfrenta desafios financeiros com sua família, e, por esse motivo, aceita um emprego como cuidadora de um homem tetraplégico. A história de Clarice se assemelha a realidade de nosso país, onde a desigualdade de gênero impede que mulheres ocupem grandes cargos, e aceitem empregos mal remunerados, em alguns casos sem vínculos trabalhistas.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério do Trabalho juntamente à defensoria pública devem criar o programa "mulheres em ação", por meio de um projeto de lei entregue à câmara dos deputados. Nele, deve ser ajustado o piso salarial da função de cuidadora, e ser incluído todos os direitos trabalhistas vigentes. Espera-se, com isso, a extinção da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil.
Diante deste cenário, nota-se a inoperância governamental como fator agravante desse problema no país. De acordo com o geógrafo Milton Santos em seu texto "As cidadanias multiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os deveres do corpo social, em sua totalidade, são homogeneamente desfrutados. Todavia, no contexto hodierno, a passividade do estado distancia as mulheres em situação de pobreza desses direitos constitucionalmente garantidos, à medida que precisam trabalhar desde a infância e a falta de oportunidades no mercado de trabalho resultam na aceitação de empregos informais como cuidadoras e domésticas. Desse modo, enquanto a máquina pública negligenciar as suas responsabilidades, o problema perdurará e o cidadão os continuaram a ser mutilado de forma sistemática.
Ademais, podemos citar a desigualdade de gênero como propulsor deste problema. O filme "Como eu era antes de você" apresenta a história de Clarice, uma jovem de 22 anos que enfrenta desafios financeiros com sua família, e, por esse motivo, aceita um emprego como cuidadora de um homem tetraplégico. A história de Clarice se assemelha a realidade de nosso país, onde a desigualdade de gênero impede que mulheres ocupem grandes cargos, e aceitem empregos mal remunerados, em alguns casos sem vínculos trabalhistas.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério do Trabalho juntamente à defensoria pública devem criar o programa "mulheres em ação", por meio de um projeto de lei entregue à câmara dos deputados. Nele, deve ser ajustado o piso salarial da função de cuidadora, e ser incluído todos os direitos trabalhistas vigentes. Espera-se, com isso, a extinção da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil.
Comentários
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COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
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COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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