No poema "Canção de Exílio", Gonçalves Dias retrata e enaltece um país com características inigualáveis. Contudo, fora da obra, a realidade é totalmente diferente, haja vista que os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil assola a sociedade contemporânea. Com isso, tal problema se acentua devido ao pensamento patriarcal e à empatia seletiva, situação que precisa ser atenuada.
Mormente, Freud já afirmava: "a massa é extraordinariamente influenciável e crédula", situação presente no Brasil contemporâneo. Nesse contexto, é fato que os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher brasileira é popular, devido ao pensamento patriarcal, pois muitos indivíduos acreditam que homens realizam todas as atividades laborais importantes, os quais tendem a diminuir todo o trabalho doméstico realizado por mulheres. Dessa forma, geram-se consequências para a população feminina brasileira, como o burnout - transtorno mental ocasionado pelo esgotamento mental e físico - respectivo ao excesso de labor.
Outrossim, Nietzsche denominou o "Comportamento Manada" como "situação em que indivíduos reagem da mesma forma a um mesmo estímulo, embora não exista direção planejada", o que se reflete, indubitavelmente, na postura de maridos que possuem empatia seletiva quando se trata dos desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher brasileira, pois muitos cidadãos não consideram os afazeres domésticos de suas esposas como uma forma laboral verdadeira, esses indivíduos tendem a acreditar que tarefas domiciliares são obrigações vinculadas à mulher. Assim, acarretam-se consequências para a população feminina no Brasil, tal qual a depressão, respectivo à falta de prestígio atribuído às brasileiras que trabalham de forma demasiada.
Portanto, são necessárias medidas operantes para se amenizar os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil. Para isso, é fundamental que o MEC, escolas e Ministério do Trabalho implantem uma política de adoção na grade curricular obrigatória sobre as formas laborais atuais - com enfâse no trabalho doméstico. Isso deve ocorrer em perfis oficiais de redes sociais desses órgãos, a fim de popularizar as orientações para os brasileiros acerca da ausência da prática desse malefício social. Por fim, essas ações atenuarão a problemática no país.