"Muito negro eu sou pros brancos,muito brancos eu sou pro's negros,será que eu tô no lugar errado?" O verso do cantor de boombap Ogermaninn em sua música "Foi mal aí" expressa sua dúvida em reconhecer seu próprio tom de pele;a dúvida do eu-lírico reflete a incógnita que é a etnia negra no Brasil indo de encontro com inúmeros desafios para seu enaltecimento como o reflexo de séculos de escravidão no país e na marginalização dos negros.
Em primeira análise,é fato de que desde o período colonial até a abolição escravista negros sofreram com a escravidão . Entretanto,mesmo com a abolição da escravidão, as consequências de tal processo já eram evidentes, práticas,costumes,religiões, danças,comidas,histórias e personalidades se perderam ou se adaptaram na cultura afro-brasileira.
Em segunda instância,é notável que por toda a sociedade brasileira ocorrem inúmeros casos de racismo estrutural,em suma maioria nas regiões periféricas, onde cidadãos sofrem o mesmo tratamento que criminosos por parte de autoridades de segurança.Tal marginalização ocorre no verso do rapper Menor Toddy na musica "Rataria" "To' com a camisa da escola meu senhor,sou estudante!" "Encosta na parede com essa cara de meliante".
Tendo em vista a complexidade étnica brasileira e seus desafios,medidas cabíveis devem ser tomadas. Para tal, o Estado deve intervir,por via dos Ministérios,como o Ministério da Educação e o Ministério das Igualdades Raciais, elaborando projetos de leis que visam valorizar a cultura afro-brasileira,como a educação da mesma nas escolas,punições justas e inflexíveis perante crimes raciais,além de campanhas de conscientização sobre o tema em todos os polos a sociedade brasileira.