No filme "O Auto da Compadecida", é possível observar, por meio do humor e da sátira, uma crítica às desigualdades, explorando as tensões e injustiças presentes na sociedade, especialmente no contexto do sertão nordestino. Assim, a obra traz um olhar crítico sobre como os poderosos acabam explorando e oprimindo, por exemplo, os mais desfavorecidos. Fora da ficção, percebe-se uma grande semelhança ao se interligar desigualdade social e isolamento por um país lamentável.
Dessa forma, é incompreensível que o país aceite viver em extrema situação vulnerável quando é nítido, vê a crítica presente no capitalismo na qual a sociedade se leva sem refletir sobre a situação de pobreza em cada região. De acordo, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a região Nordeste concentra quase metade de toda a pobreza no Brasil, vivendo uma situação precária de 47,9% de pobreza do País.
Ademais, convém debater que o descaso estatal também faz parte da precarização de certas áreas, indo contra um dever previsto na lei. Sob esse aspecto, de acordo com o artigo 5 da Constituição todos são iguais e devem ter acesso a segurança e propriedade, condicionando um lar. No entanto, é necessário destacar o êxodo rural, na qual pessoas procuram sair do campo em busca da sobrevivência.
Portanto, é indiscutível ações interventivas, para tanto, cabe ao Governo Federal junto do Ministério do Trabalho expandir projetos de empregos, principalmente para o Norte e Nordeste. Em suma o projeto ofertará serviços para a capacitação de jovens e adultos em extremas situações, como, por exemplo, Administração, Marketing Digital e outros cursos técnicos, objetivando gerar novos empregos. Por esse meio, as diferentes regiões do Brasil tornam-se niveladas.