Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o acesso aos direitos fundamentais para, isso, infelizmente, não se concretiza na realidade brasileira. A exemplo disso, os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, situação que interfere no bem-estar da nação. Logo, é necessário analisar e intervir sobre as causas deste problema.
Numa primeira análise, deve-se enfatizar a ausência de medidas governamentais no combate ao racismo. Nesse sentido têm se, um atraso histórico de reconhecimento e valorização do povo Africano. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, uma vez que o Estado não cumpre a sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como Igualdade, o que, infelizmente é evidente no país.
Além mais, a constatação de uma sociedade preconceituosa como fator que impulsiona o agravamento deste problematica. Carolina María de Jesus, mulher negra, pobre, favelada e, sim, escritora; a sua obra Quarto de Despejo desvalorizada por muito tempo pela sua origem e não apresentava os pré-requisitos de uma sociedade corrompida pela branquitude aristocrática. Assim, torna- se inadmissível que esse cenário perdure.
Contudo, portanto, faz- se necessário combater estes obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Estado , por meio de dos órgãos legislativos, revejam as leis pré -existentes contra o racismo e desvalorização deste povo, uma reparação histórica. Assim, tornará possível a construção de uma sociedade permeada pela efetividade dos elementos elencados na Carta Magna.