Saúde mental

Na atualidade, o debate acerca da saúde mental revela-se indispensável diante dos desafios enfrentados pela sociedade brasileira. Tal situação reflete não apenas a persistência de falhas estruturais, mas também a falta de ações efetivas que garantam o pleno exercício da cidadania. Nesse contexto, é possível perceber que a questão em torno da saúde mental , vai além do âmbito individual, sendo fruto de fatores históricos, culturais e políticos que perpetuam desigualdades e comprometem o desenvolvimento social.

Sob essa perspectiva, é válido destacar a análise do filósofo Aristóteles, segundo o qual o ser humano é um “animal político”, ou seja, depende do convívio em sociedade para alcançar sua plenitude. Contudo, quando o Estado se mostra ineficiente na promoção de medidas que assegurem direitos e oportunidades iguais, esse ideal é comprometido. Isso se evidencia na realidade brasileira, em que a problemática da saúde mental, ainda é naturalizada e tratada com descaso, o que impede o avanço coletivo e o fortalecimento da democracia.

Além disso, a cultura midiática e o individualismo contemporâneo agravam esse cenário. Como retratado no filme “O Show de Truman”, a manipulação da realidade pode mascarar problemas sociais e gerar conformismo. De forma semelhante, a falta de consciência crítica da população contribui para a perpetuação da indiferença diante da saúde mental, uma vez que muitos não reconhecem sua relevância social. Desse modo, torna-se necessário promover a educação cidadã e o senso de empatia como instrumentos de transformação social.

Portanto, é imprescindível que o Governo Federal, em parceria com escolas e meios de comunicação, desenvolva campanhas educativas que abordem de forma crítica a importância de enfrentar á saúde mental, por meio de debates, projetos e ações sociais que estimulem o respeito e a empatia. Assim, será possível caminhar rumo a um país mais equitativo, no qual os direitos e deveres sejam verdadeiramente exercidos por todos.