A Constituição Federal de 1988, que rege o ornamento jurídico do país, prevê em seu Artigo 5, os direitos iguais a todos. Entretanto, ao analisar o tema "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil", nota-se a ineficácia na prática desta tal Lei. Sendo assim, deve-se discutir a desigualdade de gênero e a desvalorização do serviço de assistência como responsáveis pelo problema.
Nota-se, primordialmente, a desigualdade de gênero como principal agente da mazela. A esse respeito, de acordo com informações do IBGE, há uma diferença, aproximadamente, de 50% do salário entre mulheres e homens. Nesse sentido, percebe-se que mesmo trabalhando em empregos aparentemente iguais, não há recebimento salarial distribuído com valor semelhante entre ambos, mostrando assim uma desigualdade entre o trabalho feminino e masculino.
Outrossim, observa-se que a desvalorização do serviço de assistência também é contribuinte ao problema. Sobre tal assunto, no período de escravidão no Brasil, o trabalho doméstico era quase que totalmente desvalorizado pelos donos das casas. Tendo isso, desde este período, o serviço de assistência não é totalmente remunerado por conta de uma visão preconceituosa sobre tal trabalho.
Infere-se, portanto, que os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil precisam-se ser resolvidos o quanto antes. Contudo, o Ministério da Mulher, órgão responsável pelos direitos das mulheres, juntamente à escolas do país, devem fazer meios de resolução para o problema, como campanhas e palestras, com o objetivo de mostrar o valor e a importância deste trabalho e remover a visão preconceituosa posta pela sociedade. Desse modo, só assim poderá ser resolvido tal impasses e ter uma sociedade mais harmônica no país verde e amarelo.