A valorização da herança africana é um estigma presente até hoje no Brasil. De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, todos os residentes do território brasileiro são iguais perante a lei, tendo seus direitos garantidos de forma igualitária, mas com a falta de políticas públicas que buscam defender e facilitar a propagação da cultura africana e a ausência de projetos educacionais que levantem a importância de valorizar esse legado, os percursores dessas tradições se veem com uma alta dificuldade para obter seu valor no país.
Com a falta da presença de leis, que tendem por sua função proteger não só a cultura, mas também os integrantes dessa comunidade, os indivíduos se tornam vulneráveis a injustiças por desafios que surgem nessa luta. Apenas no último senso racial não foi obtido um resultado onde os brasileiros, em sua maioria, se declararam brancos, rompendo pela primeira vez, há muitos anos, com o padrão social europeu. Mas, sem políticas públicas para impulsionar esse movimento, a chance de manter esse resultado são mínimas.
Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, afirmava que a educação é a melhor forma de transformar o mundo, mostrando a importância dessa temática afro-brasileira ser empregada em instituições de ensino, fazendo que a população entenda os motivos de valorizar os costumes deixados por seus descendentes, e com acesso à informação, não rejeitem essa cultura.
Dito isso, o governo tem o dever de buscar combater os desafios presentes nessa causa, através do englobamento de novas leis que apoiem esse movimento, e de novos meios para instituir o conhecimento sobre a temática, seja por escolas, universidades ou outras instituições de ensino, e até mesmo por projetos sociais, que podem ser tanto físicos como digitais, que tendem a alcançar um público maior, fazendo que cada vez mais pessoas tenham consciência da importância de valorizar essa tradição.