Segundo o diplomata e político italiano Nicolau Maquiavel, "o preconceito possui mais raízes do que os princípios". E o Brasil, apesar de suas raízes historicamente miscigenadas, vê seu indicador de preconceitos aumentar a cada ano. Dentre os principais problemas há de se destacar nesse âmbito pode-se mencionar: a marginalização da população negra e o apagamento histórico da cultura afro-brasileira que perdura até a atualidade.
No que se diz respeito a marginalização da população negra, pode-se usar a citação de Elza Soares, cantora brasileira: "a carne mais barata do mercado é a carne negra" como exemplo da violência não só física presente na sociedade brasileira. A exaltação da "branquitude" por parte da elite é o principal pilar do racismo estrutural e velado que tem sua origem na colonização e como principal objetivo mascarar os crimes e injustiças acometidos sobre a população negra.
Porém, cabe reconhecer que a cultura afro-brasileira apesar de sua forte base e presença, é por muitas vezes marginalizada, atacada e apagada. Deve-se mencionar também como exemplo o embranquecimento de figuras negras importantes, como o escritor brasileiro Machado de Assis, que por muito tempo foi tido como um homem branco. Ou mesmo a destruição de terreiros, e até a morte de praticantes de religiões de matriz africana.
Portanto, é mister urgente que o Estado, junto do Governo Federal tome as devidas providências a fim de extinguir este quadro, por meio dos Ministérios da Igualdade Racial, Cultura e Educação a partir da criação de programas sociais em escolas para a conscientização e visibilidade da importância da cultura afro-brasileira e políticas públicas a fim de extinguir discursos racistas perpetuados tanto tempo no Brasil. Somente assim o país irá rumo ao progresso.