O filósofo inglês Jonh Locke escreveu o contrato social, na qual retrata o Estado como figura para garantir o bem-estar dos cidadãos. Tal fato se difere da conjuntura atual brasileira, visto que os desafios para a valorização da herança africana é uma problemática no Brasil. Desse modo, o legado histórico em consonância com a invisibilidade atuam como catalisadores para este empecilho.

Em primeira análise, o legado histórico é um dos causadores dessa problemática. Durante o período colonial nacional, uma das bases econômicas era o plantation, onde a mão de obra era escrava e tinha a utilização de navios negreiros que vinham da África até a colônia portuguesa. Hodiernamente, na sociedade atual ainda temos resquícios desse contexto histórico, visto que há esteriótipos relacionados a herança africana, consequentemente gerando uma desvalorização dessa cultura, afetando a identidade cultural desses indivíduos.

Em segunda análise, a invisibilidade corrobora para este empecilho. A Filósofa Djamila Ribeiro vem dizer que para um problema social ser resolvido, primeiramente ele deve ser tirado de invisibilidade. Nessa óptica, a frase da autora coincide com a problemática nacional, haja vista que a herança africana tem que sair da nebulosidade, que pode causar um esquecimento das crenças, costumes e tradições desse povo e suas gerações futuras. Portanto, é inadmissível que o corpo social fique em inércia sobre esse aspecto.

Destarte, é importante a necessidade de medidas para mitigar este imbróglio. Nesse contexto, é dever do Estado na figura do Ministério da Educação em parceria com as escolas e redes de ensino, que realize palestras periódicas com profissionais que mostrem a importância da cultura africana por meio de documentários e tecnologias midiáticas, visando amenização dos esteriótipos construídos ao longo do tempo e a diminuição da invisibilidade dessa barreira social. Dessa forma, o contrato social pode se assemelhar a este pais tupiniquim.