A ascensão humana foi marcada por momentos históricos de avanços tecnológicos, empatia coletiva e um desejo universal de progresso social. Todavia, percebe-se que a exposição de menores nas redes sociais contradiz essa trajetória milenar, à medida que a negligência governamental e a desigualdade social promovem retrocessos significativos. Logo, um debate torna-se necessário para reverter tal impasse.

Nessa perspectiva, a negligência governamental atua como um entrave ao progresso brasileiro, o que pode ser ilustrado quando crianças e adolescentes passam a compartilhar conteúdos pessoais sem a devida supervisão familiar ou estatal. Nesse panorama, Pierre Bourdieu ressalta que “a violência simbólica naturaliza desigualdades”, o que infelizmente se torna uma analogia à questão atual, visto que a omissão do poder público diante da exposição infantil perpetua problemas físicos e psicológicos que comprometem o desenvolvimento desses jovens.

Além disso, a desigualdade social também contribui para essa violência simbólica ao impedir que famílias de baixa renda tenham acesso a informações sobre segurança digital e educação midiática. Essa realidade reforça o retrocesso contemporâneo que afeta a coletividade e perpetua a superexposição de crianças e adolescentes nas redes, intensificando riscos à saúde mental e à integridade emocional dessa parcela da população.

Portanto, a fim de retomar a ascensão coletiva brasileira, o governo deve fortalecer políticas de regulação digital que limitem o uso de redes sociais por menores de idade e promover campanhas educativas que conscientizem pais e responsáveis sobre os riscos da exposição infantil na internet. Essas ações, essenciais para reverter a violência simbólica e o atraso informacional, seriam viabilizadas por meio do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde, órgãos que detêm credibilidade sobre a formação e o bem-estar infantojuvenil. Dessa maneira, pode-se imaginar um Brasil responsável e comprometido com a proteção de suas futuras gerações.