- 08 Nov 2023, 08:49
#125719
O artigo V da Constituição Federal de 1988 determina que todos os indivíduos, estrangeiros ou não, são iguais perante a lei no Brasil. Na atualidade, no entanto, observa-se a quebra desse princípio constitucional, tendo em vista que as mulheres brasileiras que realizam trabalhos de cuidado, isto é, jornadas domésticas ou destinadas ao trato de outros indivíduos, enfrentam um processo constante de invisibilidade na sociedade. A dificuldade do enfrentamento da problemática retratada é resultado de uma estrutura nacional típica de opressão à mulher e da insuficiente atuação da mídia na difusão do tema.
O Brasil, tal qual a maioria das nações resultantes do colonialismo ocidental, dispõe de uma estrutura arraigada de opressão sistemática à mulher. Segundo as historiadoras Lília Schwarcz e Heloísa Starling, autoras da obra: "Brasil: uma biografia", a nação brasileira compreende a mulher como um ser inferior em relação ao homem e que, portanto, a reduz aos trabalhos de casa, vistos como obrigatórios e naturais. A condição expressa pelas escritoras reflete a mentalidade opressiva atual, em que os trabalhos de cuidado são relativizados a uma ótica de naturalidade e são negligenciados. Isso gera a desvalorização dessa área feminina e, por conseguinte, o mantimento de um "status quo", estado atual das coisas, bastante nocivo às mulheres.
Além disso, a mídia desempenha um papel insuficiente e passivo na discussão da jornada feminina de cuidado. De acordo com a pensadora brasileira Djamila Ribeiro, a busca por soluções para determinado problema precisa, necessariamente, tirá-lo da invisibilidade. Todavia, em oposição ao conceito de Ribeiro, a mídia, na forma dos meios de comunicação, adota uma postura indiferente quanto ao caso, uma vez que se nega a veicular produções que denunciem a subvalorização em evidência. A passividade dos agentes midiáticos gera, dessa forma, o desconhecimento acerca do assunto por parte da comunidade brasileira, de modo a perpetuar a lógica da invisibilidade.
Portanto, percebe-se que o estado da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil é grave e demanda um projeto eficiente de enfrentamento. Desse modo, a mídia, responsável pela difusão da informação para a maior da população, deve, por meio de campanhas audiovisuais, disseminar conteúdos que explorem a importância da jornada laboral de cuidado protagonizada pela mulher, a fim de construir um consenso em torno da valorização da ação feminina no país. Assim, as forças midiáticas se comprometem com a verdade e com a contribuição para a consolidação de uma sociedade justa e equitativa.
O Brasil, tal qual a maioria das nações resultantes do colonialismo ocidental, dispõe de uma estrutura arraigada de opressão sistemática à mulher. Segundo as historiadoras Lília Schwarcz e Heloísa Starling, autoras da obra: "Brasil: uma biografia", a nação brasileira compreende a mulher como um ser inferior em relação ao homem e que, portanto, a reduz aos trabalhos de casa, vistos como obrigatórios e naturais. A condição expressa pelas escritoras reflete a mentalidade opressiva atual, em que os trabalhos de cuidado são relativizados a uma ótica de naturalidade e são negligenciados. Isso gera a desvalorização dessa área feminina e, por conseguinte, o mantimento de um "status quo", estado atual das coisas, bastante nocivo às mulheres.
Além disso, a mídia desempenha um papel insuficiente e passivo na discussão da jornada feminina de cuidado. De acordo com a pensadora brasileira Djamila Ribeiro, a busca por soluções para determinado problema precisa, necessariamente, tirá-lo da invisibilidade. Todavia, em oposição ao conceito de Ribeiro, a mídia, na forma dos meios de comunicação, adota uma postura indiferente quanto ao caso, uma vez que se nega a veicular produções que denunciem a subvalorização em evidência. A passividade dos agentes midiáticos gera, dessa forma, o desconhecimento acerca do assunto por parte da comunidade brasileira, de modo a perpetuar a lógica da invisibilidade.
Portanto, percebe-se que o estado da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil é grave e demanda um projeto eficiente de enfrentamento. Desse modo, a mídia, responsável pela difusão da informação para a maior da população, deve, por meio de campanhas audiovisuais, disseminar conteúdos que explorem a importância da jornada laboral de cuidado protagonizada pela mulher, a fim de construir um consenso em torno da valorização da ação feminina no país. Assim, as forças midiáticas se comprometem com a verdade e com a contribuição para a consolidação de uma sociedade justa e equitativa.