Titulo: Quebrando rótulos.

Uma das teorias de Aristóteles diz que: “Toda virtude é um ápice entre dois vícios, o da falta e do excesso”. De certo que a busca pela vaidade vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade, desse modo os padrões impostos pelas indústrias de beleza muitas das vezes chegam ser cruéis com a parte da população que não se encaixam neles. Assim cabe ressaltar a importância do limite seguro entre a estética e a saúde e a despadronização dos estigmas de beleza impostos pela sociedade.
Em primeira análise, é valido ressaltar a importância de uma fiscalização mais efetiva dos conselhos de estética na formação dos profissionais dessa área. Inclusive, atualmente um caso que afirma essa colocação foi de um jovem de 26 anos que veio a óbito após se submeter a um procedimento estético de “pelling” de fenol, realizado por uma profissional que não tinha diploma de esteticista, tinha somente um curso “online” sem o aprofundamento da técnica necessária. Indubitavelmente, é certo que necessita de uma atenção mais ativa a essa área que tem crescido meio a população, na busca pelo aumento da autoestima. Como também, conscientizar através de campanhas educacionais meios seguros para realização de tais procedimentos, de modo a incentivar que a procura pela beleza pode ser benéfica se for feita com consciência visando sempre a saúde e a redução de danos.
Em segunda análise, um contraponto importante está na padronização de um estereótipo imposto pelas mídias, pelas empresas de cosméticos e pela indústria de moda. De modo a fazer com que seja o ideal de beleza a ser alcançando, tendo em vista que quando um grupo se desvia desse modelo imposto pela sociedade, acabe sofrendo pela falta de inclusão. Na série coreana “Beleza verdadeira”, retrata a história de uma adolescente que sofria “bullying” na escola por conta de sua aparência física, de modo que para ser aceita precisava abusar do uso de maquiagens, disfarçando seu verdadeiro eu, para obter a aceitação dos pares. Fato esse que traz prejuízos a saúde mental de muitos jovens na sua formação que sofrem com esses estigmas aumentando a depressão e a violência frente a essa parte populacional.
Portanto, é necessário enfatizar que a saúde e a beleza podem andar juntas e se complementarem e que o ser humano não é um produto comercial para ser rotulado. Por isso, é importante o incentivo da busca ao bem-estar físico, mental e social, de modo que diante desses três ápices o indivíduo torna-se capaz de fazer suas próprias escolhas, de forma a facilitar sua autoaceitação diante da sociedade não necessitando afirmá-las com um padrão específico.