No contexto histórico brasileiro, ocorreu a revolta da vacina em 1904, em que a população foi forçada a se vacinar e muitos indivíduos se recusaram a tal feito, pois não queriam injetar o vírus da doença em seu organismo. Já na contemporaneidade, torna-se visível a falta de conhecimento da comunidade brasileira acerca da importância da vacinação, resultado da negligência estatal. Por conseguinte, é primordial que planos sejam efetuados para mitigar tal problemática.
Em primeiro plano, é pertinente ressaltar a falta de conhecimento populacional como promotor do problema. Segundo o filósofo Immanuel Kant "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". Visto isso, é evidente que boa parte do corpo social possui um entendimento superficial sobre o assunto. Nesse caso, com o crescimento do chamado movimento "Antivacina", acaba dificultando que o círculo social visualize os diversos malefícios dessa prática, convertendo-se em uma crise na saúde pública, como o crescimento no índice de mortalidade infantil e idosa.
Simultaneamente, vale destacar a negligência estatal como agravante deste quadro. A partir disso, o filósofo Zygmunt Bauman utiliza o termo "Instituição zumbi" para descrever organizações que não cumprem devidamente seu propósito. Além disso, é inegável que o Poder Público, em sua função de zelar pelos interesses da sociedade e garantir o bem-estar do corpo social, não está sendo cumprida em sua totalidade, uma vez que muitos postos de saúde possuem uma infraestrutura precária que não atende à demanda da comunidade, a qual se encontra cada vez mais em uma situação indigna.
Portanto, é imprescindível que medidas cabíveis sejam tomadas acerca da queda dos índices de imunização. Logo, cabe ao Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério da Educação, desenvolver ações para conscientizar a população sobre os riscos da não imunização, por meio de anúncios, palestras e debates, tanto no âmbito educacional quanto profissional. Mediante investimentos voltados para os chamados "postinhos" e na contratação de profissionais qualificados, a fim de combater tal queda e diminuir o número do ressurgimento de doenças. Assim, felizmente os indivíduos poderão desfrutar do pleno funcionamento da coletividade.