O poeta Castro Alves retrata em "Navio Negreiro", a trajetória sofrida pelos escravos desde a África até o Brasil, que tínhamos a esperança de acabar na época da abolição. No Brasil, infelizmente, a prática da escravatura não parou de existir, sendo feita através do trabalho análogo a escravidão, principalmente em áreas rurais e de difícil acesso. Nesse contexto, os entraves que impedem a solução do problema são tanto os pensares enzairados na nação , quanto a fiscalização precária.
É de conhecimento histórico que o Brasil foi o ultimo país a abolir o regime escravocrata, completando 135 anos no de 2023. Todavía, ainda temos diversas sequelas de tal época, como também outros fatores culturais e históricos ajudam em existência de brechas nas leis, assim, os empregadores aproveitam-se de tal fator. As condições ou fatores, como amostra temos o próprio contrato, a geografia e motivos socioculturais dificultam a fiscalização.
Como percebido ao longo dos anos, está se tornando cada vez mais complicado conseguir recursos para realizar uma fiscalização trabalhista. O trabalho análogo a escravidão fere vividamente os direitos e caráter de um cidadão, ele receberá menos do que deveria, trabalhará mais do que a condição humana aguenta, fisicamente e psicologicamente. As instituições, como os sindicatos, não poderão comprir com seu dever graças a falta de verbas por esse ser um assunto "escondido".
Portanto, é preciso que o Ministério da Fazenda e do Trabalho aumentem significamente a porcentagem dertinadas as verbas para as instituições, assim aumentando a fiscalização e salvando cidadãos nessas condições. Como também, devem criar um local de apoio, por muitas vezes essas pessoas virem de outro local ou perderem tudo o que tinham, assim não deíxando-as desamparadas.