O trabalho escravo, apesar de uma problemática antiga, supostamente erradicada, ainda existe, se apresentando apenas com alguns traços a mais de contemporaneidade. Por conta da grande carga negativa carregada pela palavra "escravidão", algumas pessoas em situações análogas a ela acabam não analisando suas próprias situações, vivendo em um ciclo de humilhação e opressão, sofridas em seus próprios ambientes de trabalho.
Desde a lei áurea e a abolição da escravidão no território brasileiro, um cenário utópico onde a escravidão se tornou algo inimaginável começou a se formar na consciência da população, encobrindo a verdadeira realidade vivida pelos mesmos. Mas a dura realidade é que, a grande carga horária exaustiva, salário indigno e insuficiente e tratamento desrespeitoso, são características descaradas da escravidão contemporânea do trabalho.
Esse devasto cenário onipresente em quase todo o território nacional, estranhamente passa despercebido pelas pessoas que, por costume ou necessidade, ainda se prestam a esses papéis similares à escravidão, onde recebem tratamento desumano e são obrigados a suportá-los apenas para obter o direito de sobreviver.
Portanto, é necessário que haja uma regulamentação e policiamento mais rígido em relação às leis trabalhistas. O trabalhador, atrelado ao Ministério Público do Trabalho (MPT), deve se informar e lutar pelos seus direitos, nunca se contentando com os maus tratos inferidos por seus superiores. Assim, podendo usufruir de uma vida digna e do direito de contemplar o resultado do seu trabalho.