Tráfico de pessoas, de acordo coma ONU (Organização das Nações Unidas), pode ser definido como o ato de retirar uma pessoa ou um grupo de pessoas de seu local de origem de maneira forçada ou ilusória. Este é um problema bastante recorrente na sociedade, porém, a falta de divulgação de informações sobre o tema e a rentabilidade que o tráfico gera, constituem obstáculos para seu combate na sociedade brasileira.
Em primeira análise, tem-se o fato de que este é um tópico considerado pouco importante pela imprensa brasileira, o que causa um déficit nas informações divulgadas sobre o tráfico humano, estando os dados mais focados na esfera criminal dos casos, e não nas causas e formas de prevenção - por exemplo - de acordo com a organização não governamental "Repórter Brasil" em parceria com o Ministério da Justiça. Isso traz dificuldades para a população poder compreender e precaver-se contra a situação.
Ademais, de acordo com dados da ONU, o tráfico de pessoas movimenta - em média - 32 bilhões de dólares por ano ao redor do mundo, fazendo com que as pessoas responsáveis pelo contrabando sejam privilegiadas e, muitas vezes, isso dificulta o processo de investigação dos casos. Isto pode ser observado na novela da Rede Globo "Salve Jorge", na qual Lívia, interpretada por Cláudia Raia, lidera um esquema que leva meninas do Brasil para Istambul e vive uma vida favorável, e, em diversos momentos, consegue evitar as investigações da delegada Heloísa, interpretada por Giovanna Antonelli.
Portanto, tendo a falta de informação e um valor alto de lucro como os principais empecilhos para o combate ao tráfico de pessoas no Brasil, é necessário que o Ministério das Comunicações em conjunto com o Ministério da Justiça, a partir da utilização de recursos advindos do Governo Federal, desenvolvam campanhas de divulgação em mídias sociais e veículos de grande circulação que promovam informações sobre possíveis situações e sinais que indiquem uma conjuntura de tráfico humano, proporcionando, assim, uma conscientização da população e a diminuição destes casos. Como dito por John Stuart Mil: "Sobre seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano".