Diante da visão de Herbert Spencer ''A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro'', é nítida a necessidade de impor segurança, saúde e lazer, sem haver impedimentos para a sobrevivência em uma sociedade. Assim como é relevante para Aristóteles, o homem estar em uma comunidade e respeitar as leis, no entanto, é incoerente a presença destes pensamentos no cotidiano brasileiro, onde são inviabilizados os direitos dos cidadãos adquiridos pela Constituição Federal de 1988, principalmente para os idosos, que constantemente vivenciam violências físicas, psicológicas e outras. Nessa perspectiva, é iminente a prioridade de constituir debates e soluções sobre as displicências da população e do governo.

Nesse contexto, contribuiu-se pelas evoluções sociais que ajudaram a crescente na taxa de pessoas idosas no Brasil e a baixa de natalidade. De acordo com o IBGE, 29% da população são idosos. No entanto, o respeito e a compaixão pelos cidadãos não tem aumentado, devido à ocorrência do abandono de idosos em casas de repouso ou nas ruas, negligenciando suas histórias, vidas e direitos. Eles se tornam cidadãos invisíveis, pois, apesar das denúncias contra os abusos, nenhuma consequência é praticada ou vista pela sociedade como uma situação "errada". Essa perspectiva surge pela omissão do Estado em posicionar-se aos cidadãos com uma justiça coerente perante a crueldade vivenciada.

Além disso, para Augusto Cury, "os frágeis usam a violência e os fortes as ideias", mas o governo se mostra frágil ao silenciar-se diante do assunto, em vez de procurar meios para que a sociedade veja o problema como uma pauta relevante e não uma banalidade. Segundo a OMS, pelo menos 15,7% da população idosa está submetida a um tipo de violência, independentemente da sua infraestrutura econômica.

Portanto, é urgente que medidas sejam tomadas pelo governo, ONGs e a sociedade como um todo. É preciso implantar maior segurança em áreas periféricas, além dos mercados e trabalhos, bem como a divulgação do assunto como forma de alertar os cidadãos e reforçar leis de segurança. Desse modo, será possível alcançar a paz na população, respeitando a liberdade de cada um.