O cientista alemão Albert Einstein acreditava que as dificuldades presentes na sociedade poderiam ser fontes de fortalecimento e desenvolvimento humano. Todavia, na realidade do Brasil, os desafios para a valorização da herança africana compromete a concretização dessa premissa, visto que a indiligência estatal e apatia coletiva contribuem na continuidade do problema histórico Logo, é necessário que haja um debate.
Ademais, em primeira análise, vale destacar a omissão da máquina de poder como fator central ao descaso na valorização da cultura negra. Segundo o Iluminismo, movimento intelectual do século XVIII, é dever do estado garantir o bem-estar social e prerrogativas humanitárias, como direito á igualdade. Contudo, a esfera de poder falha ao desempenhar sua função de organizadora, uma vez que não adota medidas para conter a desvalorização da crença africana no país. Assim, a ausência de medidas causas consequências prejudiciais, como a invisibilidade da importância da cultura negra na construção da identidade do país, afetando, especificamente os adeptos das religiões e cultura de matrizes africanas, pois não são amparados para lei, agravando ainda mais o racismo e intolerância religiosa. Em suma, é fundamental reverter esse quadro alarmante.
Ademais, é relevante pontuar o conformismo cultivado como obstáculo para o respeito do legado africano. Nesse sentido, Aldous Hulxey, em sua obra "Admirável mundo novo", retrata um corpo social futuro onde os indivíduos aceitam passivamente ordens impostas pelos governantes, renunciando o pensamento crítico. De maneira semelhante, os brasileiros possuem uma conduta equivalente à coletividade descrita por Hulxey, acomodando-se diante das descaso das tradições afro herdadas. Nesse contexto, é essencial uma população proativa, pois, sem uma mobilização em massa, os desafios para a valorização da herança africana continuará à margem da prioridade política, ocasionando a falta de soluções governantes, e quando não há mecanismos que ajuda esse público, suas tradições podem passar por um fenômeno chamado etnocidio, quando uma cultura e todos os seus elementos deixam de existir. Em síntese, essa problemática precisa ser resolvida.
Portanto, em base nas informações citadas sobre os desafios para a valorização da herança africana, cabe ao Governo Federal, na qualidade de instância máxima, promover, em parceria com escolas e faculdades, um programa nacional educacional de exposição da cultura afro, de modo expor aos alunos conhecimentos sobre a importância da cultura africana, a fim que a nova geração saiba respeitar essa cultura. Feito isso, a premissa de Albert será cumprida.