Em sua música "nós" o cantor e compositor Djonga, evidência impasses valorizar a herança africana. No trecho "neguin mudou de vida e esqueceu de nós" é retratado como como a valorização da cultura africana é frágil, visto que neste contexto, tal legado é esquecido por razões monetárias.
Existem diversos fatores que influenciam o desinteresse pela cultura africana. A não propagação de conhecimento e incentivo cultural e histórico torna-se relevante quando se é sabido que a população brasileira, fruto de uma miscigenação é em sua maioria composta por pessoas negras, segundo o IBGE (instituto brasileiro de geografia) cerca de 88% (por cento) da população brasileira é negra e 85% (por cento) são residentes em periferias e comunidades.
Sabendo disto, é notório que quando referido à herança africana não se fala apenas do âmbito racial, mas também de forma cultural e histórica. Paulo Freire, em sua obra "A pedagogia do oprimido" mostra que a educação é um pilar essencial para uma sociedade igualitária e próspera.
Portanto, cabe ao Estado investir em políticas públicas eficazes que conscientizem as pessoas sobre a importância da história africana e seus impactos na identidade brasileira e incentivem ao conhecimento através de palestras em escolas e regiões periféricas. A inclusão da diversidade africana é necessária para uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, frisando o bem estar e o acolhimento dos cidadãos brasileiros