- 12 Set 2024, 12:32
#133761
No ano de 2014, o jornalista Ben Quinn deu origem ao termo "arquitetura hostil" ao se referir à instalação de elementos arquitetônicos que desencorajassem a permanência de moradores de rua nos centros urbanos de Londres. Desde então, essa prática é denominada uma forma de denunciar exclusão e segregação social ao redor do globo. No Brasil, onde atualmente há cerca de 240 mil moradores de rua segundo o jornal G1, torna-se indiscutível a seriedade da disfunção, que é agravada pelo crescimento e perpetuação da aporofobia, assim como o aumento exponencial da população.
Do ponto de vista social, o filósofo Jeremy Bentham afirma que o bem é exclusivamente aquilo que beneficia a maior quantidade de pessoas possível. No entanto, medidas como a arquitetura hostil, em conjunto com a gentrificação - súbita valorização de áreas com moradia de baixa renda - expulsam os menos afortunados dos grandes centros de convivência. Dessa forma, esses indivíduos são colocados às margens do território, como as favelas, comunidades e áreas de ocupação ilegal. Esse fenômeno está intrinsecamente ligado à aporofobia, rejeição e desprezo pelo pobre.
Ademais, a superpopulação também entra como um fator intensificante da problemática. A cidade de São Paulo por si só possui aproximadamente 11 milhões de habitantes, e corresponde a quase um quarto da população de rua de todo o país. Sob essa ótica, não havendo demanda no mercado de trabalho proporcional aos moradores, a mercantilização dos direitos básicos pela própria sociedade - em outras palavras, a crença de que alguém que não movimenta a economia não é digno - contribui para a exclusão social no Brasil.
Sendo assim, faz-se imperativa a intervenção governamental em determinada problemática, de caráter urgente. Para tal feito, é de suma importância que o Ministério das Cidades, órgão responsável pela política habitacional brasileira, fiscalize rigorosamente o cumprimento da lei federal Julio Lancellotti, que proíbe o uso de arquitetura hostil, a fim de defrontar a hostilidade urbana. Outrossim, as grandes mídias, em conjunto com o Ministério da Educação, devem levantar conscientização acerca do assunto através de campanhas, tanto nas escolas quanto nos meios de comunicação, com a finalidade de combater a aporofobia. Feito isso, garante-se uma sociedade mais próxima da que Jeremy Bentham idealizava, bem como maior desenvolvimento em todos os 5570 municípios do Brasil.
Do ponto de vista social, o filósofo Jeremy Bentham afirma que o bem é exclusivamente aquilo que beneficia a maior quantidade de pessoas possível. No entanto, medidas como a arquitetura hostil, em conjunto com a gentrificação - súbita valorização de áreas com moradia de baixa renda - expulsam os menos afortunados dos grandes centros de convivência. Dessa forma, esses indivíduos são colocados às margens do território, como as favelas, comunidades e áreas de ocupação ilegal. Esse fenômeno está intrinsecamente ligado à aporofobia, rejeição e desprezo pelo pobre.
Ademais, a superpopulação também entra como um fator intensificante da problemática. A cidade de São Paulo por si só possui aproximadamente 11 milhões de habitantes, e corresponde a quase um quarto da população de rua de todo o país. Sob essa ótica, não havendo demanda no mercado de trabalho proporcional aos moradores, a mercantilização dos direitos básicos pela própria sociedade - em outras palavras, a crença de que alguém que não movimenta a economia não é digno - contribui para a exclusão social no Brasil.
Sendo assim, faz-se imperativa a intervenção governamental em determinada problemática, de caráter urgente. Para tal feito, é de suma importância que o Ministério das Cidades, órgão responsável pela política habitacional brasileira, fiscalize rigorosamente o cumprimento da lei federal Julio Lancellotti, que proíbe o uso de arquitetura hostil, a fim de defrontar a hostilidade urbana. Outrossim, as grandes mídias, em conjunto com o Ministério da Educação, devem levantar conscientização acerca do assunto através de campanhas, tanto nas escolas quanto nos meios de comunicação, com a finalidade de combater a aporofobia. Feito isso, garante-se uma sociedade mais próxima da que Jeremy Bentham idealizava, bem como maior desenvolvimento em todos os 5570 municípios do Brasil.
Comentários
1. Erros encontrados:
- Competência 1: O texto apresenta domínio completo da norma-padrão da língua portuguesa. Não foram identificados erros gramaticais ou de norma-padrão ao longo do texto.
- Competência 2: O autor compreendeu plenamente a proposta de redação, desenvolvendo o tema de forma coerente e estruturada, respeitando a estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Não há desvios ou falta de compreensão do tema.
- Competência 3: As informações, fatos, opiniões e argumentos são bem selecionados e organizados, sustentando de forma eficaz o ponto de vista apresentado. Não há falhas na defesa do ponto de vista.
- Competência 4: O texto apresenta coesão e coerência ao longo de todos os parágrafos. Os mecanismos linguísticos são utilizados de forma eficaz para conectar as ideias, sem comprometer o entendimento lógico.
- Competência 5: A proposta de intervenção é completa, com o agente, a ação, o meio e a finalidade claramente definidos. A proposta está articulada à discussão desenvolvida no texto e respeita os direitos humanos.
2. Sugestões para melhoria:
- Embora o texto já tenha atingido a nota máxima em todas as competências, uma sugestão para aprimoramento contínuo seria incluir mais exemplos específicos ou dados estatísticos atualizados que possam enriquecer ainda mais a argumentação apresentada. Isso poderia fortalecer ainda mais a conexão entre os argumentos e a realidade atual.
- Além disso, poderia ser interessante explorar perspectivas adicionais ou contrapontos que pudessem ser refutados, mostrando um domínio ainda mais amplo do tema e das possíveis nuances envolvidas na discussão sobre a vida urbana e a inclusão social.
O texto é exemplar em todos os aspectos exigidos pelo ENEM, demonstrando um alto nível de competência em cada uma das áreas de avaliação.
- Competência 1: O texto apresenta domínio completo da norma-padrão da língua portuguesa. Não foram identificados erros gramaticais ou de norma-padrão ao longo do texto.
- Competência 2: O autor compreendeu plenamente a proposta de redação, desenvolvendo o tema de forma coerente e estruturada, respeitando a estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Não há desvios ou falta de compreensão do tema.
- Competência 3: As informações, fatos, opiniões e argumentos são bem selecionados e organizados, sustentando de forma eficaz o ponto de vista apresentado. Não há falhas na defesa do ponto de vista.
- Competência 4: O texto apresenta coesão e coerência ao longo de todos os parágrafos. Os mecanismos linguísticos são utilizados de forma eficaz para conectar as ideias, sem comprometer o entendimento lógico.
- Competência 5: A proposta de intervenção é completa, com o agente, a ação, o meio e a finalidade claramente definidos. A proposta está articulada à discussão desenvolvida no texto e respeita os direitos humanos.
2. Sugestões para melhoria:
- Embora o texto já tenha atingido a nota máxima em todas as competências, uma sugestão para aprimoramento contínuo seria incluir mais exemplos específicos ou dados estatísticos atualizados que possam enriquecer ainda mais a argumentação apresentada. Isso poderia fortalecer ainda mais a conexão entre os argumentos e a realidade atual.
- Além disso, poderia ser interessante explorar perspectivas adicionais ou contrapontos que pudessem ser refutados, mostrando um domínio ainda mais amplo do tema e das possíveis nuances envolvidas na discussão sobre a vida urbana e a inclusão social.
O texto é exemplar em todos os aspectos exigidos pelo ENEM, demonstrando um alto nível de competência em cada uma das áreas de avaliação.
COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
200
COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
200
COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
200
COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
200
COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.
200