"Cidadão, num País em que não há nem sombra de cidadania, significa apenas cidade grande". O poeta Millôr Fernandes denuncia o abismo entre uma Federação e seus direitos e deveres descumpridos. Análogo à realidade brasileira, isso se evidencia devido à omissão estatal e a inexperiência de motoristas, visto que são estes os desafios para o enfrentamento da violência no trânsito.
Sob este viés, é imperioso verificar que a negligência governamental está presente nessa problemática. Nessa perspectiva, o pensador Thomas Hobbes afirma que o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população. Todavia, isso não ocorre no Brasil, pois a falta de investimento em infraestrutura, falhas na sinalização e superlotação nas vias e estradas de acesso, é violação do direito ao trânsito seguro. Assim, as funções estatais são descumpridas, agravando o empasse.
Outrossim, motoristas de baixa experiência nas pistas, é outro fator constituinte para intensificar tal óbice. Nesse sentido, é preciso atentar à necessidade de mais visibilidade na educação do trânsito. Segundo o artigo 76 do Código de Trânsito Brasileiro, tudo começa pelos ensinamentos infantis, seguindo até o ensino médio e universitário. Tal conceito é para que o motorista saiba a melhor forma de conduzir o veículo, atentando-se no clima, trajeto e seu próprio humor, o que pode prevenir acontecimentos da contemporaneidade -acidentes e conflitos em vias de trânsito-
Portanto, é imprescindível que meios sejam criados para intervir a problemática. É necessário que o Governo Federal - Órgão responsável por administrar todo o território nacional- aja fazendo políticas públicas para aumentar as aulas e palestras sobre educação de trânsito, por meio de verbas governamentais a fim de tornar o trânsito um ambiente seguro. Dessa forma, o Brasil poderá se tornar uma Federação mais justa e consciente.