No livro "Brasil,País do Futuro", o autor austríaco Stefan Zweig expressou confiança no desenvolvimento exponencial da nação brasileira. No entanto, décadas depois, o país ainda enfrenta desafios que impedem esse avanço, sendo a desvalorização da herança africana um grande obstáculo ao progresso nacional.
Nessa lógica, é importante destacar que a insuficiente ação estatal prejudica o reconhecimento popular de técnias e costumes africanos. Sob essa visão, o filósofo Nicolau Maquiavel argumenta que o principal objetivo do governante é a manutenção do poder, relegando a segundo plano a busca pelo bem comum. Nesse prisma, observa-se uma escassez em investimentos de iniciativas públicas que resgatem a importância da preservação da arte africana. Isso ocorre porque grande parte da população nao enxerga esses costumes como algo relevante e, por isso, não apoiam governantes que as defendam. Como resultado, o país continua a desvalorização da cultura africana.
Ademais, a omissão social em relação ao ao preconceito enraizado contribui significativamente para a persistência desse desafio. Sob essa perspectiva a filósofa Hannah Arendt em sua teoria "Banalidade do Mal", sustenta que grande parte da população se cala em determinados temas sociais, o que resulta na normalização do preconceito. Acerca disso,persebe-se a proeminência no pensamento de Arendt, uma vez que uma consideravel parte da população acredita que a pratica de costumes e técnicas seja algo banal e baixa relevância, sendo escassas as discussões sobre a importância da cultura africana.
Portanto cabe ao estado - retentor de recursos para políticas de transformações sociais- promover companhas como " Valoriza afro-arte, Brasil!", por meio de oficinas educativas e comerciais televisivos a fim de mitigar a desvalorização da herança africana. Cabe a mídia, promover esta campanha a fim de "normalizar" a pratica da valorização da cultura africana. Assim, o Brasil poderá finalmente trilhar o caminho para se tornar o "País do Futuro" idealizado por Zweig.