A obra "O grito", do pintor norueguês Edvard Munch retrata uma figura em um profundo momento de desespero e preocupação. De maneira análoga à obra expressionista, tal situação de desconforto também se faz presente no atual cenário brasileiro, já que parte do tecido social sofre com a falta de inclusão dos deficientes físicos. Nesse sentido, é lícito afirmar que a omissão governamental e o preconceito social contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.
Nessa perspectiva, a Constituição Federal de 1988 assegura aos cidadãos brasileiros o direito à inclusão de pessoas com deficiência. No entanto, esse direito não é efetivado devido à falta de inclusão dos deficientes físicos, pois o governo falha ao não garantir acessibilidade, investindo de forma miníma em infraestrutura em ônibus, escolas e universidades com elevadores para pessoas com deficiência como também não há investimento eficiente para a qualificação profissional dos mesmos. Devido a isso, pessoas portadoras de deficiência possuem dificuldades de locomoção aos lugares e não têm tratamento igualitário aos dos demais.
Nesse contexto, a discriminação com PcD é um agravante da problemática. Além disso, tal problema acontece no trabalho, quando o contratador de profissionais, em seu pensamento errôneo, tem o conceito de que pessoas com deficiência são "incapazes", mas elas não são. Adicionado a isso, o prejulgamento acontece também no ambiente escolar, dificultando, a educação formal deles onde pessoas com preconceito não incluem muitas vezes pessoas portadoras de deficiência.
Dessa forma, percebe-se a necessidade de medidas para solucionar o problema. Sendo assim, o Estado deve investir em infraestrutura nos locais como universidades e escolas; como também em capacitação profissional aos deficientes com professores qualificados para tal a fim de promover a inclusão dos deficientes físicos no país.