"Não são as crises que mudam o mundo, mas sim a nossa reação a elas". Mediante o pensamento do sociólogo Zygmunt Bauman, compreende-se que, com os meios eficazes, a sociedade brasileira pode superar os desafios relacionados à redução das desigualdades entre as regiões do Brasil, responsável por configurar um cenário preocupante. Nesse sentido, é preciso analisar a omissão governamental e a distribuição desigual dos recursos públicos como os principais fatores desse impasse.

Diante desse cenário, é pertinente destacar a ineficiência governamental como um dos pilares dessa problemática. Sob a perspectiva do filósofo contratualista John Locke, é dever do Estado garantir os direitos fundamentais dos cidadãos. Todavia, essa premissa não é cumprida na prática, uma vez que os governantes não criam ações que assegurem os serviços essenciais à população de áreas remotas no país, como saúde, educação e saneamento básico. Consequentemente, pode-se ocasionar a elevação dos índices de desigualdade entre as regiões do Brasil. Por isso, enquanto esse impasse persistir, será difícil solucioná-lo.

Ademais, a distribuição desigual dos recursos é outro fator que intensifica o problema. A população que residem em zonas rurais não tem acesso à educação, saúde e saneamento básico. Muitas vezes, essas pessoas enfrentam dificuldades para frequentar a escola devido à precariedade na infraestrutura das estradas. Logo é essencial superar esses entraves alarmantes.

Portanto, medidas precisam ser tomadas para enfrentar esses desafios. Cabe ao Estado — instância administrativa responsável pela promoção do bem comum — implementar políticas voltadas à redução da desigualdade entre as regiões do Brasil. Isso inclui o repasse de verbas federais, direcionadas às áreas carentes de serviços públicos — como educação, saúde, acesso à internet e saneamento básico — com o intuito de garantir a acessibilidade desses direitos a toda população. Com essas iniciativas, será possível mitigar as disparidades regionais no território brasileiro e alinhar-se ao pensamento do ilustre sociólogo polonês Zygmunt Bauman.