A obra literária ''Brasil: Uma Biografia'', de Lília Schwarcz, antropóloga, relata que no Brasil há a existência de uma ''política de eufemismo'' que tende a suavizar os problemas sociais. Para além da literatura, observa-se que a conjuntura contemporânea brasileira se assemelha ao exemplar, uma vez que são notórios os desafios da educação inclusiva na esfera nacional. Nesse panorama, nota-se duas das causas para o entrave: disparidade social e a invalidação legislativa. Em suma, é mister que tais adversidades sejam revertidas.
A princípio, um dos fatores para o óbice é a injustiça social. Nessa perspectiva, a composição literária ''Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada'', de Carolina Maria de Jesus, retrata a vida da própria—uma mulher preta, mãe-solo, que vive em meio à miséria urbana e denuncia— de forma contundente, a desigualdade social. À luz dos fatos, constata-se que, apesar de a obra se referir a uma realidade passada, tal cenário ainda é similar na nação verde-amarela, haja vista que muitos pais não têm condições financeiras de pagar uma instituição adequada para seus filho, que necessitam de uma educação inclusiva, o que gera a exclusão social. Logo, são necessárias ações que garantam o acesso igualitário.
Outrossim, a anulação normativa é um agravamento duradouro na sociedade hodierna. Nesse contexto, o artigo sexto da Constituição Federal de 1988, assegura aos brasileiros seus direitos básicos, como à educação. Entretanto, embora que a Carta Magna seja um direito inalienável, essa garantia não se concretiza no cenário atual, uma vez que o Poder Público não cria ações eficazes para o acesso inclusivo na educação brasileira, o que torna uma lacuna educacional e a supressão normativa. Em vista, é fundamental que o Estado exerça seu papel de harmonia social.
Portanto, são cruciais caminhos para que a educação inclusiva não seja um desafio no país. Desse modo, o Ministério da Educação— órgão responsável pela educação da comunidade— tem o dever de criar projetos sociais de inclusão na educação e promover o acesso educacional adequado em escolas e instituições, por meio de palestras em centro educacional e divulgações nas mídias social, com o fito de reverter o problema. Feito isso, o livro de Lília Schwarcz não será um obstáculo nacional e o Brasil se tornará uma nação justa e igualitária.