As consequências da propagação de plataformas de apostas on-line no Brasil

Em "A República", o filósofo Grego Platão propõe um modelo idealizado de sociedade, onde os obstáculos são superados através da ação conjunta Cidadão-Estado. Fora da obra, é notório que tal modelo não se faz presente na atual conjuntura brasileira, uma vez que a propagação de plataformas de apostas on-line é uma problemática recorrente atualmente, na qual as consequências acarretam no vício da massa popular e ao aumento da pobreza. Tornando-se necessário medidas para contornar esse quadro deletério.
Sob essa ótica, é correto afirmar que o vício em apostas é a principal consequência do problema exposto, destacando a ineficência governamental no que tange a regulamentação dessas plataformas. Em "O Jogador", o escritor Russo Dostoiévski destaca que o atrativo dos jogos de azar não é a possibilidade de lucro rápido, e sim o prazer de ganhar, algo que, em paralelo com a realidade, acarreta na obsessão dos jogadores, que tornam-se incapazes de abandonar o vício.
Ademais, a utilização indiscriminada das apostas on-line ocasiona o aumento da taxa de pobreza no país, uma vez que o indivíduo não é capaz de controlar sua renda. Em uma pesquisa realizada pela ANBIMA, quase um sexto da população brasileira participam das "Bets" digitais, desses, sua maioria são pessoas de classe baixa, que por uma esperança de fazer seu dinheiro render, caem em um ciclo de perda e ganho. Sendo assim, é preciso um meio de reverter essa situação lamentável.
Em suma, as consequências da propagação de plataformas de apostas são perigosas. Desse modo, cabe ao Estado, representado pelo Ministério da Economia, evitar a entrada dessas plataformas no país, por meio de leis e fiscalizações que regulamentarizem tais redes. Paralelamente, cabe ao MEC evitar o uso indiscriminado dessas plataformas, através da implementação de aulas de educação financeira nas escolas. Somente assim a república de Platão poderá ser concretizada.