A constituição federal de 1988, documento jurídico que prevê em seu artigo 6°, o direito a saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não se reverberado com ênfase na prática quando se observa a virtualização da medicina democratizando acesso aos serviços de saúde, todavia é necessário estrutura e capacitação. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a inclusão tecnológica no Brasil. Nesse sentido, para a telemedicina se tornar presente em áreas remotas, é necessário estrutura em centros médicos. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo John Locke, configura-se como uma violação ao "contrato social", já que o Estado não cumpre a sua função.
Ademais, é fundamental apontar a capacitação como impulsionador de profissionais da saúde não estarem capacitados tecnicamente para usarem plataformas tecnológicas profissionalmente no Brasil. Segundo a CFM(Conselho Federal de Medicina), apenas 3,6% do orçamento foi destinado à saúde em 2018. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos, para isso é necessário que o SUS(Sistema Único de Saúde) e o Conselho Federal de Medicina, por meio de desenvolvimento de plataformas confiáveis e cursos de capacitação profissional, promovendo maior acesso a saúde. Assim, se consolidará uma sociedade mais ampla, onde o Estado desempenha corretamente seu "contrato social", tal como afirma John Locke.