De acordo com a Constituição Federal de 1988, é direito de todo cidadão brasileiro à saúde preventiva. Conquanto, quando se observa o uso de cigarros eletrônicos entre os jovens, percebe-se que essas prerrogativa constitucional não tem se concretizado na prática, uma vez que esse uso é nocivo ao bem-estar. Nesse viés, é evidente que há desafios para amenizar esse cenário nefasto, que são a ausência de informações e a má fiscalização por parte do Estado.
Sob essa conjuntura, vale ressaltar a carência de conhecimento à respeito do uso indiscriminado de vaporizadores eletrônicos entre a parcela jovem do Brasil. Nesse contexto, o filme "Obrigado por fumar" retrata um homem que incentiva o uso de cigarro para jovens, por reconhecer que essa parte da sociedade é mais manipulável devido a desinformação sobre o uso desse produto nocivo. Fora da ficção, essa situação não é divergente do contexto brasileiro, tendo em vista que a venda de cigarros eletrônicos para juventude na contemporaneidade se tornou uma prática comum, assim, isso ocorre devido a pouca informação que é veiculada sobre os riscos que esses vaporizadores podem causar à saúde.
Além disso, é notório destacar que a fiscalização brasileira é falha em identificar a venda desses insumos danosos. Nesse sentido, na música "É proibido fumar", de Roberto Carlos, é afirmado na letra que há uma proibição para utilização do cigarro, contudo, isso não é levado em consideração pelo personagem da obra. De maneira análoga, na lei brasileira há artigos que proíbem à venda, distribuição e o uso de vaporizadores, no entanto, ainda se vê essas práticas ocorrendo com ênfase na parcela jovem do corpo social do Brasil. Dessa forma, observa-se que essa conjuntura apresentada tanto na música, como na realidade nacional acontecem devido a ineficácia da fiscalização, pois mesmo havendo leis que proíbem, o que se vê na prática é o consumo vertiginoso pelos jovens.
Portanto, percebe-se que à ausência de informações e a má fiscalização são desafios para amenizar o uso do cigarro eletrônico entre a população jovem brasileira. Sendo assim, é preciso que o Ministério da Educação promova debates conscientes no âmbito escolar, por meio de conversas realizadas por professores e profissionais da saúde com os alunos, para que ocorra uma elucidação a respeito dos riscos que esses insumos podem oferecer ao bem-estar. Ademais, é necessário que o Estado elabore a criação de políticas públicas que visem a formação cidadã completa do indivíduo na sociedade, com isso, evitando que esses busquem praticar qualquer ato ilícito, como a utilização do cigarro eletrônico.