- 19 Out 2023, 16:26
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Na novela "Avenida Brasil", exibida pela rede Globo, é retratada, entre outras tramas, história de um grupo de personagens que devido a falta de condição econômica viu como única opção fixar sua moradia em um "lixão". Ao longo da trama, a narrativa revela a precariedade com que essas pessoas viviam, tendo como fonte de renda unicamente a coleta seletiva, um serviço árduo e pouco lucrativo que também expunha-os a riscos de saúde graves. Fora da ficção, fica claro que a realidade apresentada na novela pode ser relacionada àquela do século XXI: a desproporcionalidade da quantidade de trabalho em relação a quantia que recebem e os perigos e consequências que as condições de trabalho dos catadores impõem a eles.
Em primeiro lugar, é importante destacar que no Brasil é comum que muitos recorram a coleta seletiva pela necessidade de alguma renda gerada normalmente pela falta de oportunidades no mercado de trabalho formal. Entretanto, a renda obtida através dessa atividade geralmente não é proporcional ao esforço requerido para a realização dela, pois sendo uma atividade legalmente permitida mas que não se encontra nos direitos trabalhistas acaba gerando para os catadores apenas o valor do material. Logo, para se obter o suficiente para sobreviver essas pessoas são obrigadas a trabalhar o máximo de horas que conseguirem, deixando de lado cuidados com a saúde por não terem tempo nem condições.
Ademais, as pessoas envolvidas com o processo de reciclagem são obrigadas a transitar pelas ruas diariamente, expostas ao sol ou a chuva que comumente acarreta na fragilização da saúde como um todo. Sendo assim, baixa imunidade e dores geradas pelo esforço extenso são comuns no dia-a-dia destes, além de frequentemente serem agravadas pela falta de descanso. Consequentemente, a longo prazo o saldo de uma vida regada a trabalho em excesso não poderia ser diferente da que se vê, idosos com pouco ou nenhuma qualidade de vida e que majoritariamente se atém a essa atividade mesmo sem condições físicas. Assim, o resultado dessa precarização trabalhista é também uma perpetuação de indivíduos que se encontrando abaixo da linha da pobreza, e sem a menor perspectiva de mudança para estes.
Portanto, conclui-se que é necessário que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para que os catadores de material reciclável deixem seus desafios para trás, urge que o Ministério do Trabalho e Emprego crie por meio de estatização de aterros e usinas de reciclagem empregos formais de modo que estes passem a receber seus direitos integralmente, além de realizar uma colaboração com o Ministério da Educação, oferecendo cursos profissionalizantes gratuitamente aos catadores com o objetivo de torna-los qualificados para ocuparem diversos outras vagas. Somente assim, será possível que o Brasil caminhe para o lugar certo, Extinguindo assim situações como a dos personagens de "Avenida Brasil".
Em primeiro lugar, é importante destacar que no Brasil é comum que muitos recorram a coleta seletiva pela necessidade de alguma renda gerada normalmente pela falta de oportunidades no mercado de trabalho formal. Entretanto, a renda obtida através dessa atividade geralmente não é proporcional ao esforço requerido para a realização dela, pois sendo uma atividade legalmente permitida mas que não se encontra nos direitos trabalhistas acaba gerando para os catadores apenas o valor do material. Logo, para se obter o suficiente para sobreviver essas pessoas são obrigadas a trabalhar o máximo de horas que conseguirem, deixando de lado cuidados com a saúde por não terem tempo nem condições.
Ademais, as pessoas envolvidas com o processo de reciclagem são obrigadas a transitar pelas ruas diariamente, expostas ao sol ou a chuva que comumente acarreta na fragilização da saúde como um todo. Sendo assim, baixa imunidade e dores geradas pelo esforço extenso são comuns no dia-a-dia destes, além de frequentemente serem agravadas pela falta de descanso. Consequentemente, a longo prazo o saldo de uma vida regada a trabalho em excesso não poderia ser diferente da que se vê, idosos com pouco ou nenhuma qualidade de vida e que majoritariamente se atém a essa atividade mesmo sem condições físicas. Assim, o resultado dessa precarização trabalhista é também uma perpetuação de indivíduos que se encontrando abaixo da linha da pobreza, e sem a menor perspectiva de mudança para estes.
Portanto, conclui-se que é necessário que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para que os catadores de material reciclável deixem seus desafios para trás, urge que o Ministério do Trabalho e Emprego crie por meio de estatização de aterros e usinas de reciclagem empregos formais de modo que estes passem a receber seus direitos integralmente, além de realizar uma colaboração com o Ministério da Educação, oferecendo cursos profissionalizantes gratuitamente aos catadores com o objetivo de torna-los qualificados para ocuparem diversos outras vagas. Somente assim, será possível que o Brasil caminhe para o lugar certo, Extinguindo assim situações como a dos personagens de "Avenida Brasil".