- 10 Jul 2019, 18:43
#7885
A palestra de Nátaly Neri para o TED e a música “Diga não” de Bia Ferreira falam, respectivamente, da sexualização e dificuldade de inclusão dos negros na sociedade. Fatores herdados da Colonização Portuguesa, a qual foi responsável por escravizar mais de 5 milhões de africanos e, em meio a exploração que ali se instaurou, também houve o eurocentrismo que ainda ocorre nos dias de hoje. Embora atualmente o racismo seja considerado crime, é difícil de ser denunciado, tornando-o algo que supostamente ninguém vê, mas que acontece. Ademais, desde o Reinado, a sociedade brasileira contribuiu para essa estratificação étnica.
Inicialmente, é válido ressaltar que, no período Imperial os escravos viviam em condições insalubres, muito diferente dos colonizadores. Já, em 1888, com a Lei Áurea os negros se encontravam livres, porém desamparados, afinal, não houve nenhuma tentativa de integrá-los socialmente. E, por fim, somando com a Lei de Terras os ex-escravos foram praticamente impedidos de obterem suas próprias terras, formando então as favelas em que, atualmente, detêm o grupo mais fragilizado. Assim como Ferreira ilustra em “Diga não”.
Em segundo plano, da mesma maneira que Neri disse na apresentação “A mulata que nunca chegou”, existe a hiperssexualização sobre o povo negro, além de pronomes como “mulata” e “morena” usados para ‘esbranquiça-los’, como se a quantia elevada de melanina fosse ruim. Figuras tal qual a Globeleza ou até mesmo Luke Cage, em seus primeiros quadrinhos, demonstram a negritude como um produto de exploração sexual, bem representado pelo título “a cor do pecado” remetendo à algo exótico, mesmo que representem 54% da população do país. Provando que, tanto o Estado quanto a mídia, contribuem para o racismo velado, abafando a situação e muitas vezes culpando o próprio negro.
Portanto, é preciso dar visibilidade a tantos posicionamentos racistas implícitos em comentários sobre as características étnicas e até mesmo no medo perante os afrodescendentes. Desse modo, o Governo com o auxílio financeiro e estratégico, respectivamente, da Receita Federal e do MEC, deve elaborar campanhas, dados que desmistificam estereótipos e materiais didáticos que demonstrem o valor da negritude nos primórdios do país até a contemporaneidade, sendo disseminados em escolas, palestras e mídias sociais. Afinal, o preconceito deriva do medo ao desconhecido e, a melhor forma de combater esse impasse será com a propagação de conhecimentos válidos e relevantes da questão, assim como Bia Ferreira, Nátaly Neri e muitos outros ativistas negros estão fazendo.
Inicialmente, é válido ressaltar que, no período Imperial os escravos viviam em condições insalubres, muito diferente dos colonizadores. Já, em 1888, com a Lei Áurea os negros se encontravam livres, porém desamparados, afinal, não houve nenhuma tentativa de integrá-los socialmente. E, por fim, somando com a Lei de Terras os ex-escravos foram praticamente impedidos de obterem suas próprias terras, formando então as favelas em que, atualmente, detêm o grupo mais fragilizado. Assim como Ferreira ilustra em “Diga não”.
Em segundo plano, da mesma maneira que Neri disse na apresentação “A mulata que nunca chegou”, existe a hiperssexualização sobre o povo negro, além de pronomes como “mulata” e “morena” usados para ‘esbranquiça-los’, como se a quantia elevada de melanina fosse ruim. Figuras tal qual a Globeleza ou até mesmo Luke Cage, em seus primeiros quadrinhos, demonstram a negritude como um produto de exploração sexual, bem representado pelo título “a cor do pecado” remetendo à algo exótico, mesmo que representem 54% da população do país. Provando que, tanto o Estado quanto a mídia, contribuem para o racismo velado, abafando a situação e muitas vezes culpando o próprio negro.
Portanto, é preciso dar visibilidade a tantos posicionamentos racistas implícitos em comentários sobre as características étnicas e até mesmo no medo perante os afrodescendentes. Desse modo, o Governo com o auxílio financeiro e estratégico, respectivamente, da Receita Federal e do MEC, deve elaborar campanhas, dados que desmistificam estereótipos e materiais didáticos que demonstrem o valor da negritude nos primórdios do país até a contemporaneidade, sendo disseminados em escolas, palestras e mídias sociais. Afinal, o preconceito deriva do medo ao desconhecido e, a melhor forma de combater esse impasse será com a propagação de conhecimentos válidos e relevantes da questão, assim como Bia Ferreira, Nátaly Neri e muitos outros ativistas negros estão fazendo.